As aulas de Ciências da Natureza possibilitam a participação dos alunos nas discussões propostas pelo livro didático e também pelos professores. Habitualmente os alunos são desafiados a apresentar, oralmente, suas opiniões à respeito de vários fenômenos do cotidiano e, a partir dos conhecimentos prévios dos estudantes, o conteúdo pode ser sistematizado de maneira contextualizada e significativa.
Outro ponto de extrema importância nessa construção do conhecimento passa pela área da Língua Portuguesa e diz respeito à comunicação escrita. Os alunos são incentivados a registrar suas ideias de maneira clara e objetiva, com coerência e coesão.
Em uma dessas aulas, ao ar livre, os alunos foram questionados se o ar seria vivo, levando-se em consideração, o seu movimento. Diante de várias respostas interessantes e de uma discussão muito animada, o professor sugeriu que os alunos produzissem um texto ou poema a partir do seguinte título: Se o ar fosse vivo.
Pedro Almeida Tavares, aluno do 6º ano H, foi um dos estudantes que conseguiu utilizar-se de uma escrita de qualidade aliada ao seu conhecimento e de maneira muito poética apresentou o seguinte texto:
Se o ar fosse vivo
Se o ar fosse vivo
Como um idoso, teria fragilidade
Mas como não está vivo
O ar não tem idade.
Se o ar fosse vivo
Com a vida no peito a carregar,
Como alguns seres vivos
Poderia até andar.
Se o ar fosse vivo
Precisaria se alimentar,
Mas como não faz isso
Mais um motivo a provar
Que o ar, só fica a flutuar.
Com tudo isso
Podemos comprovar
Que o ar não está vivo
Que só fica a passar,
E dar a vida, a quem
o respirar.