A cultura nordestina encantou alunos do Colégio Batista Mineiro
Pelas rimas do cordel e ilustrações em xilogravuras, 94 crianças do Colégio Batista Mineiro, unidade Betim, começaram a ser alfabetizadas. A paixão e o envolvimento por esse gênero literário popular brasileiro foram tão grandes que as crianças, na faixa dos cinco anos de idade, quiseram ir mais a fundo.
Foi assim que nasceu o projeto “Cultura em Cordel”. Desenvolvido com as cinco turmas do 2º período do Colégio Batista em Betim, o projeto que tinha foco em estudar uma manifestação literária foi além e os alunos aprenderam muito mais que texto.
“Nessa construção, as crianças vivenciaram e aprenderam com as belezas da cultura nordestina. As professoras explicaram o contexto no qual o cordel está inserido e aproveitaram o canto e o encanto dessa tradição brasileira”, explica Alexandra Urcelino da Silva, coordenadora da educação infantil da unidade Betim do Colégio Batista Mineiro.
De acordo com a educadora, o projeto foi realizado no segundo semestre de 2016 e finalizou em dezembro, com a formatura dos alunos. Durante o aprendizado, as crianças tiveram contato com a sergipana Izabel Nascimento, escritora de folhetos de cordel. Ela, que desenvolveu o projeto “Literatura de cordel em sala de aula” para escolas da zona rural, visitou a cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte e conversou com os alunos sobre a cultura de sua região.
Além de desenvolver uma pesquisa sobre o nordeste brasileiro, suas manifestações culturais, produção de rimas, versos e transformar tudo em folheto de cordel, os alunos finalizaram esse lindo projeto com uma apresentação para os pais. Com direito a comidas típicas, figurino especial, música e, claro, cordel.
“Foi lindo a dedicação e o encantamento dos alunos pela cultura nordestina. O cordel, muitas vezes, é visto como uma cultura menor, mas é um gênero literário lindo e riquíssimo. Finalizamos o calendário educacional de 2016 com o sentimento do dever cumprido. Nossos alunos dão mais um passo em sua formação, apaixonados pela literatura e conscientes de como nossa cultura é ampla e rica”, finaliza Alexandra.