Pedagoga e apresentadora do programa “SuperNanny Brasil”, Cris Poli, esteve no Colégio Batista de Uberlândia na quinta-feira (22) para discutir o tema “Filhos transformados pela educação”.
Cris Poli é conhecida pelo método disciplinador, que coloca as crianças “na linha” sem usar métodos agressivos, mas com propostas de educar e melhorar seu comportamento utilizando recursos como o antigo “cantinho da disciplina”, que não pode ser confundido com castigo. Assim a criança não relaciona a correção disciplinar com punição ou castigo pelo ato cometido.
A intervenção acontece quando a causa do problema é o comportamento dos pais, que sempre atribuem a culpa da má disciplina nas crianças. “Não se nasce disciplinado. As crianças são um produto da educação oferecida pelos pais. Mas, para eles, é muito difícil entender isso”. A pedagoga ainda lança um alerta aos pais sobre os problemas que mudam, mas os procedimentos para correção ainda são os mesmos. “A proposta é comunicar para a criança o que se espera dela. Se, mesmo advertida e tendo a possibilidade de mudar, ela insiste no erro, vai para o cantinho da disciplina, onde fica por um minuto a cada ano de idade. No fim da permanência, a melhor forma de concluir o processo é pedir desculpas, como forma de reconhecer o erro, e esquecer do problema”, disse Cri Poli.
Muitos pais que trabalham fora e vivem sem tempo para administrar o serviço com as tarefas de casa e na educação de seus filhos, recorrem aos parentes ou até optam por pagar por uma babá. O pais precisam entender que para formar os valores e disciplina de seus filhos, a presença é fundamental e requer um tempo maior para conduzir as rédeas desse processo de educação entre pais e filhos.
Iêda Bernini Lopes Villela, mãe da aluna Paola de 11 anos, acredita que a base da educação é a família, guiada pela hierarquia do pai, que transmite os valores. “Se o filho tiver essa base, vai saber lidar com esse mundo virado que vivemos. As crianças são como um funil, a parte mais larga é a base que damos em casa e na igreja evangélica. Se a criança vai avançando o sinal, vai encontrar a vara na parte mais estreita. Mas aprendemos em um curso que o pai deve ir buscar a vara bem longe e voltar batendo levemente no braço, para que o nervosismo passe. Assim, quando chegar em casa, a varada não doa tanto na criança, apenas dê um aviso a ela sobre os limites”, disse Ieda Villela.
Esta foi mais uma edição do projeto “Escola de Pais”, desenvolvido pelo Colégio Batista Mineiro com o objetivo de apoiar o desenvolvimento da criança e do adolescente na escola.