“O que vou fazer depois que terminar o colégio?” “Não sei qual profissão escolher”. “Será que a minha nota no Enem vai dar para passar naquele curso?” Verdade seja dita: lembrar que a conclusão do Ensino Médio já está batendo à porta traz inquietações a muitos estudantes da 3ª série – afinal, eles se deparam com um mundo de possibilidades, e é preciso escolher uma delas.
Pressões internas e externas podem acabar tomando conta, e, às vezes, bate aquele medo de não conseguir atingir as expectativas (deles mesmos e dos outros). Mas tenha calma, “Terceirão”. Estamos aqui justamente para ajudá-los nesse dilema que é definir o que fazer após a conclusão do Ensino Médio. Confira as dicas da coordenadora pedagógica da unidade BH Floresta, Junia Marcossi.
Busque o autoconhecimento
Conhecer a si mesmo é o passo mais fundamental para quem está no momento de definir que carreira seguir. “Quanto mais a pessoa se conhece, mais ela tem condições de entender o próprio perfil em relação a uma profissão”, diz Junia. Isso é possível uma vez que o autoconhecimento contribui para que o indivíduo saiba quais são seus pontos fracos e fortes e tenha mais segurança sobre os próprios gostos, aptidões e interesses.
Pesquise profundamente
Um erro comum entre os jovens é não ter informações suficientes sobre os cursos de graduação. “Os estudantes estão muitos conectados nas redes sociais, mas não buscam a internet e as ferramentas tecnológicas para obter informação. Os conceitos que a maioria tem sobre as profissões ainda são limitados. Hoje, as profissões têm inúmeras possibilidades de atuação e interação”, lembra Junia.
Mapeie as possibilidades
Conforme Junia, os processos de escolha podem ser ancorados também naquilo que descartamos. Por isso, uma dica é fazer um mapeamento das profissões e descartar aquelas que não combinam muito com o nosso perfil. E se nada agradar? “Caso ele realmente não saiba o que quer fazer, deve estudar bastante e mirar no curso que tem a maior nota de corte do Sisu e dos vestibulares, porque, depois, poderá pensar com mais tranquilidade sobre as possibilidades que tem”, aconselha.
Conheça o mercado
Outra dica é ter contato direto com especialistas e visitar universidades onde possa adquirir algumas vivências daquela profissão. “Muitos têm uma visão engessada das profissões. Conhecer o mercado é entender as habilidades requeridas dos profissionais. Por isso, conversar com pessoas da área ajuda muito nesse processo”, completa Junia.
Tenha satisfação nessa escolha
A escolha da carreira também precisa ser baseada naquilo que trará alegria ao coração. “A estrutura do Sisu, às vezes, faz com que o estudante ‘jogue’ com a nota que ele tirou no Enem. Isso ocorre quando ele pensa: ‘Tenho 700 pontos; então, em qual curso consigo entrar?’. Assim, ele nem está pensando no que quer fazer, mas apenas em iniciar a graduação ou deixar os outros felizes com isso. No entanto, depois esse estudante pode acabar se frustrando e ainda terá que enfrentar a família para dizer que quer trancar o curso”, alerta a coordenadora pedagógica.
Peça ajuda
Insegurança, ansiedade, medo de tomar uma decisão… Quando sinais como esses se tornam intensos demais, talvez seja o caso de procurar ajuda. “No Batista, estamos à disposição para ajudar os estudantes nesses momentos. Temos também, por exemplo, o programa socioemocional que contribui muito para o autoconhecimento e para o estudante aprender a lidar com suas emoções. Mas há situações mais complexas em que será preciso o apoio de um profissional como psicólogo ou coach educacional”, pontua Junia. “É importante também o acompanhamento da família no sentido de estar junto, estabelecer um diálogo, perguntar sobre como o estudante está se sentindo”, acrescenta.
Amplie sua visão
Vale ressaltar que, se você não pensa em fazer uma graduação de quatro anos, há outras alternativas. “Há estudantes que estão planejando fazer intercâmbio ou empreender, que são vivências muito enriquecedoras. Os cursos de tecnólogos, que têm duração mais curta, também são ótimas opções”, destaca Junia. Sendo assim, a dica é abrir a cabeça para enxergar as possibilidades existentes para esta nova fase que se iniciará com a conclusão do Ensino Médio.
Tente de novo
E, se não der para passar no primeiro vestibular, o conselho é não desistir e continuar estudando para alcançar esse sonho. “Afinal, o importante é nos ver realizados com aquilo que fazemos”, finaliza Junia.
Samara Araújo, estudante da 3ª série do Ensino Médio, está pensando em fazer o curso de Biomedicina ou de Direito.
“Sempre gostei de Biologia e, quando participei do EBOP (mostra de profissões do Colégio Batista), vi que queria fazer Biomedicina. Mas chegou este ano e comecei a gostar de Direito também. Para me decidir, tenho feito pesquisas, principalmente na internet. Isso tem me ajudado muito”.