Muito além de ensinar as disciplinas curriculares, o quase centenário Colégio Batista Mineiro tem em sua filosofia e meta a formação integral de seus alunos, preparando-os não só para se destacarem profissionalmente, mas, também, conhecerem seus direitos e deveres como cidadãos.
Exatamente com esse objetivo, o colégio realizou, nos dias 23 e 24 de junho (sexta e sábado), mais uma edição do SIB-ONU (Simulação Interna do Batista – Organização das Nações Unidas), projeto extracurricular, interdisciplinar e pedagógico com participação voluntária dos alunos. O objetivo é estimular o pensamento crítico e fazer os jovens refletirem sobre questões presentes em nosso dia a dia.
O projeto, voltado para os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio, tenta aproximar ao máximo os estudantes dos debates realizados na Organização das Nações Unidas (ONU). Para isso, os jovens se transformam em membros dos comitês da instituição debatendo temas importantes para a sociedade. Assim, são estimulados a estudarem outras culturas, tomarem decisões importantes e encontrarem soluções para conflitos de outros países.
O projeto é rico, pois envolve várias habilidades que, muitas vezes, não são trabalhadas em sala de aula, como: mediação de conflitos, oratória e produção de texto. Com isso, os jovens compreendem na prática o que viram em sala de aula. É uma maneira diferente e empolgante de estudar para o ENEM e vestibular. A participação é livre e não conta pontos para os alunos, o que vale é o aprendizado que fica. “O projeto é tão motivador que para esta edição contamos com mais de 150 inscritos. Muitos ex-alunos, que participaram em outros anos voltaram para serem mediadores dos debates e na organização do evento”, conta Mariah Casséte, professora de Sociologia do Colégio Batista Mineiro, uma das organizadoras do projeto.
Mariah explicou que o SIB-ONU funciona como comitês da ONU, no qual os alunos vivenciam as mesmas regras de conduta e vestimenta da instituição. Para essa edição houve quatro comitês representando as diferentes nações. Esses comitês debateram temas distintos e os alunos encontraram solução para os problemas apresentados. Os temas deste ano foram: Assembleia Geral: Revolução Francesa 1789; OEA 2017: Fluxos Migratórios na América; Conselho de Segurança 2017: Testes Nucleares; FMI: Paraísos Fiscais e Lava Jato e Sessão Ordinária do Senado Federal 2017 sobre Reforma Trabalhista.
“Os resultados são surpreendentes. Sentimos o amadurecimento dos alunos após os debates. Com o projeto, eles passam a compreender que há várias formas de analisar uma questão e que é preciso respeitar. É um crescimento grande na forma como um se relaciona com o outro; no entendimento da diplomacia; nas questões sociais; culturais e históricas; e na relação internacional”, conclui a professora.