Basta chegar em casa para que a filha ou o filho pegue o tablet ou procure no smartphone por aquele canal do YouTube. A cena parece familiar? Bom, pelo menos oito em cada dez crianças e adolescentes (85%) entre 9 e 17 anos são usuários de internet – isto é, 24,7 milhões, segundo uma pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). O “x” da questão, contudo, é o que eles tanto fazem na internet.
“Muitos pais têm utilizado os conteúdos digitais para manter as crianças distraídas, entretidas… É fundamental que os adultos selecionem e baixem alguns conteúdos até uma certa idade”, orienta a diretora da unidade BH Castelo do Colégio Batista Mineiro, Christiane Silva, que é pedagoga, psicopedagoga e especialista em Neuroeducação.
E a dica não vale apenas para os pequenos. “É claro que o acompanhamento vai acontecendo de forma diferenciada à medida que os filhos vão crescendo. Mas existem algumas ‘malícias’ no meio virtual que os adolescentes ainda não percebem, então, é necessário monitoramento”, pontua Luciene Toledo, coordenadora pedagógica da unidade BH Buritis II, também pedagoga, psicopedagoga e especialista em Neuroeducação.
Questão de saúde emocional
Tanto cuidado tem explicação: sem acompanhamento, as crianças e adolescentes estão vulneráveis a um bombardeio de conteúdos impróprios e prejudiciais à saúde emocional. “E eles não têm maturidade suficiente para analisar, avaliar e criticar os conteúdos. Normalmente, eles escolhem algo que lhe trará recompensa ou prazer momentâneo, além de em geral serem facilmente persuadidos”, alerta Christiane.
Conforme explica Luciene, isso acontece porque existem algumas fragilidades emocionais que são comuns nessa época da vida e que fazem parte do processo de amadurecimento de todo indivíduo. “Essa característica os deixa mais vulneráveis, e isso é um grande risco, principalmente ao se relacionar com pessoas que sequer conhecem no mundo real”, completa a coordenadora.
Pensando nisso, cabe aos pais e responsáveis avaliarem se determinado conteúdo é adequado ou não, uma vez que vários que são disponibilizados na web não têm sido boas referências para esta geração. “Vale avaliar os princípios da família de cada um, para então decidir se aquele conteúdo contribui ou contradiz suas escolhas de vida”, enfatiza Luciene.
Mas vale ressaltar: a ideia não é proibir o uso dos conteúdos online. “Muito ao contrário, vamos estimulá-los a produzir informação e conhecimento, a utilizar diferentes linguagens e ser protagonistas da própria história”, pondera Luciene.
Como proteger os filhos na internet? Veja algumas dicas de ouro!
O bom uso de conteúdos da internet pode proporcionar:
O mau uso de conteúdos da internet pode proporcionar: