Na Rede Batista de Educação (RBE), o encerramento da Educação Básica é tratado com intencionalidade e acolhimento. Nos Colégios Batista Mineiro e Batista Brasil, esse processo conta com o suporte de uma equipe qualificada de educadores e capelães, que atuam em conjunto para garantir que o estudante finalize essa etapa preparado para o mercado de trabalho e para a vida.
Para falar sobre como esse acompanhamento acontece na prática, o blog da RBE conversou com a coordenadora de Geografia, Luciana Magalhães, e com a coordenadora de Ensino de Ciências e Biologia, Renata Frizeiro. Ambas compartilharam um pouco das ações e intencionalidades por trás desse momento tão significativo na vida escolar dos estudantes.
Renata explica que, ao longo de cada segmento, os estudantes são acompanhados por coordenadores pedagógicos que realizam atendimentos individuais e coletivos. Estar próximo do estudante potencializa o rendimento acadêmico, identifica possibilidades de recuperação e apoia o desenvolvimento pessoal de cada um deles. “Esse coordenador também efetiva a orientação educacional quanto à escolha e aporte vocacional, a partir de palestras, seminários, oficinas e visitas às universidades locais para reconhecimento de cursos acadêmicos”, destaca.
Esse suporte vai além do conteúdo das disciplinas. “A palavra que traduz o trabalho coletivo da instituição é ‘cuidado’, zelando pelo bem-estar físico, intelectual, emocional e espiritual de nossos estudantes, sempre em parceria com a família”, afirma Renata.
No Ensino Médio, esse compromisso se intensifica. A proposta curricular contempla, além da base comum, os itinerários formativos, que ajudam o estudante a reconhecer a aplicabilidade do que aprende em diferentes áreas profissionais. É nesse momento que ele começa a vislumbrar, com mais clareza, seu projeto de vida. Segundo Renata, os itinerários ainda incluem vivências práticas que tornam a experiência escolar ainda mais significativa. “Além dos trabalhos de campo, dentro dos itinerários formativos os estudantes executam essa experimentação em atividades práticas laboratoriais, trabalhos em diversos espaços de aprendizagem (dentro e fora de sala de aula) e oficinas com profissionais, levando-os à ‘mão na massa’”, comenta.
Luciana complementa explicando que a construção dessa visão para o futuro começa antes mesmo do Ensino Médio. “Desde o Ensino Fundamental, as ações do Programa Socioemocional levam o estudante a reflexões que possam auxiliá-lo nessa escolha”, afirma. A coordenadora ressalta que o colégio trabalha intencionalmente aspectos ligados ao desenvolvimento socioemocional, preparando o estudante para ser um cidadão ético, com capacidade de planejamento e decisão assertiva.
Essa formação integral, proposta pela RBE, explica Luciana, permeia os espaços da escola e envolve toda a equipe. “Todos os componentes curriculares e colaboradores entram em ação, orientando e encorajando os estudantes nas mais diversas situações vivenciadas no cotidiano escolar. Os estudantes recebem um acolhimento diferenciado, e os professores andam lado a lado com eles, especialmente nessa última fase da finalização da Educação Básica. Os professores e coordenadores são amigos, conselheiros, orientadores. Eles instruem os estudantes sobretudo na vida, tanto em relação ao ambiente escolar quanto fora dele”, destaca.
Na 3ª série do Ensino Médio, a rotina dos estudantes naturalmente se intensifica, devido à preparação para o Enem e demais vestibulares. Para tornar essa caminhada mais leve, as unidades da RBE desenvolvem estratégias criativas e acolhedoras. Luciana conta que, no Colégio Batista Mineiro BH – Floresta/Séries Finais, alguns momentos são planejados fora da sala de aula para aliviar a pressão. “Contamos com algumas aulas em outros espaços de aprendizagem, mas não são muitas, em virtude da característica da 3ª série mesmo, que trabalha um volume muito grande de conteúdo de maneira revisional”, explica.
Entre essas ações citadas, a Educação Física promove os chamados “Dia V”, com gincanas e brincadeiras temáticas. “Os estudantes sempre estão caracterizados de acordo com o tema, como personagens, séries, profissões, personagens infantis e várias outras opções”, relata.
Outro momento marcante acontece no segundo semestre, com o tradicional trabalho de campo na Serra do Cipó – distrito de Santana do Riacho/MG – envolvendo as áreas de Biologia e Geografia. “Os estudantes passam o dia inteiro em atividade prática em cinco biomas visitados. É um momento muito marcante, que eles guardam para sempre em sua memória afetiva. Não deixa de ser nostálgico também, naquele clima de despedida. Alguns estudantes que já se formaram há mais tempo têm até hoje a foto da Serra do Cipó como foto de perfil nas redes sociais”, compartilha Luciana.
Ao final dessa etapa da vida escolar, o que os estudantes carregam é muito mais do que o conhecimento acadêmico. “O estudante que conclui a educação básica na RBE carrega em sua bagagem de formação o conhecimento, a fé, as relações interpessoais, o respeito, a compaixão, a empatia, as virtudes de caráter e a lembrança de um tempo e espaço no qual foi pertencente”, finaliza Renata.
Luciana encerra com uma reflexão sobre a marca que a RBE deseja deixar na vida de cada jovem. Para ela, trata-se da capacidade de autotranscedência. “É o momento em que ele começa a direcionar suas escolhas, ações e projetos para além de si mesmo, pensando no impacto que tem no mundo, nos outros e no futuro coletivo. Em amplo sentido, vai além de buscar sucesso pessoal, mas se revela, por exemplo, quando o estudante escolhe uma carreira não apenas pelo retorno financeiro, mas por como pode contribuir com a sociedade; quando se envolve em causas sociais, ambientais ou comunitárias com genuíno compromisso; quando reconhece o valor do outro e da diversidade, e age com empatia e responsabilidade nas relações; quando sonha com um futuro não só para si, mas para todos, e sente que tem um papel nisso”, conclui.