Ser agente da sua própria aprendizagem. Esse é o principal objetivo dos educadores ao inserirem o uso das metodologias ativas no dia a dia do estudante na escola. Você sabe o que elas são? Como são trabalhadas na sala de aula? E de que forma favorecem o aprendizado?
As metodologias ativas são práticas pedagógicas que visam desenvolver autonomia e participação dos estudantes de forma integral durante as atividades escolares, explicam as coordenadoras pedagógicas da unidade Ouro Branco, Lucia Helena Pereira Gomes, e Maria da Conceição Santana de Castro. Dessa forma, crianças e adolescentes são encorajados a colocar a mão na massa, sendo instigados a pesquisar, interpretar, elaborar projetos, analisar situações e investigar.
Para a diretora da unidade Sete Lagoas, Christiane Silva, as metodologias ativas permitem o desenvolvimento da autonomia e autorresponsabilidade nos estudantes. “A nossa proposta é baseada na aprendizagem, e não no ensino; sendo assim, acreditamos que os alunos aprendem de diversas maneiras. A utilização dessas estratégias favorece de maneira significativa a construção e a melhoria do resultado de aprendizagem”. Segundo a educadora, neste processo é fundamental o papel do professor, que será o responsável por organizar e formalizar as construções de conhecimento, conectando ideias, orientando a troca de experiências entre as duplas ou grupos de estudantes, propondo o aprendizado fora da caixa. “O diálogo e a parceria constantes entre a escola, a família e estudantes é outro degrau importante nessa caminhada do aprendizado”, destaca.
BENEFÍCIOS
UNIDADE OURO BRANCO
Projeto literário: Ana e Pedro
Da troca de cartas às mensagens pelas redes sociais. O uso da tecnologia na sala de aula foi mais uma ferramenta de aprendizado para os estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental da Unidade Ouro Branco durante a aula de Língua Portuguesa da professora Luciana Meirelles. O projeto literário trouxe como proposta a leitura do livro “Ana e Pedro – cartas”, de Vivina de Assis Viana e Ronald Claver, e a imersão de conhecimento dos estudantes sendo conectada à criação de perfis no Instagram. A obra estudada narra a relação entre dois adolescentes que se conhecem por meio da troca de correspondências entre eles.
De acordo com a educadora, a turma foi dividida em dois grupos, e cada um ficou responsável por criar, administrar e planejar o desenvolvimento de um perfil na rede social e publicar os conteúdos. As publicações foram criadas a partir do universo dos personagens descritos no livro e também adaptaram os posts ao contexto da pandemia vivenciado. “Aprendi que a gente pode trazer a tecnologia para a escola e resgatar o interesse dos estudantes pelos conteúdos, promovendo a troca de conhecimento. Eu não sabia usar o Instagram, e eles me ensinaram. Achei muito interessante essa troca e como eles dominam esse universo”.
UNIDADE SETE ALGOAS
Projeto Heróis Anônimos
Existem pessoas que fazem o possível para tornar a vida de outras mais agradável, fazendo o bem. Mas quem são essas pessoas? Em meio à pandemia de covid-19, os estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental da Unidade Sete Lagoas levantaram o debate com a professora Gelca Matiolo sobre as instituições da cidade que trabalham em prol do próximo. “A primeira etapa do projeto foi roda de conversa virtual, problematizando as instituições da cidade que realizam trabalhos sociais em defesa da criança, do adolescente e do idoso. Depois fizemos uma pesquisa interna sobre os heróis conhecidos dos estudantes. Selecionamos algumas personalidades, e os próprios alunos entrevistaram essas pessoas”, contou.
Para Gelca, esse projeto abriu uma nova janela de possibilidades. “As atitudes desses heróis anônimos fizeram com que os estudantes analisassem as próprias atitudes e pensassem em maneiras de ajudar o próximo. O sentimento que fica foi de missão cumprida para mim e para os meus colegas, os professores Guilherme, de Educação Física, e Izamar, de Ensino Religioso, que apoiaram esse projeto desafiador, que transformou o olhar dos alunos e de suas famílias”.
“O trabalho ‘ Heróis anônimos’ me surpreendeu, pois trouxe uma abordagem muito atual de conscientização, para os estudantes, do real valor e importância do voluntariado, tanto na vida de quem assiste, quanto na de quem é assistido”, conta Fernanda Nogueira de Paula, mãe da estudante Larissa Nogueira de Paula Condé, que ajudou a avó a manusear novas tecnologias, como o celular.