Os educadores transformam números em ferramentas práticas para o futuro das crianças e adolescentes
Na Rede Batista de Educação (RBE), a matemática não é apenas um componente curricular de números e fórmulas, mas os educadores transformam a disciplina em uma ferramenta prática e essencial para o cotidiano dos estudantes. Nesta entrevista, dois docentes compartilham suas estratégias para engajar os estudantes, mostrando como o aprendizado matemático vai além dos números e impacta a vida real.
Em uma entrevista especial, a coordenadora Eliane Bragança e o professor de matemática Marcelo Mansur, ambos do Colégio Batista Brasil Porto Alegre, compartilham estratégias que tornam a matemática acessível e engajadora, mostrando às crianças e adolescentes como essa ciência se conecta diretamente com a vida e o futuro.
RBE – Como vocês percebem o impacto do engajamento dos estudantes quando a matemática é ensinada como uma ferramenta para compreender o mundo ao redor?
Professores – Quando a matemática é apresentada como parte da vida, o engajamento é natural. Por exemplo, ao entender conceitos como porcentagem, os estudantes podem analisar descontos em compras ou entender o poder de compra e venda. Esse contexto prático faz toda a diferença.
RBE – Quais habilidades, além do conhecimento técnico, os estudantes desenvolvem ao aprender matemática de forma engajadora?
Professores – Além do raciocínio lógico e da criatividade, os estudantes desenvolvem habilidades de tomada de decisão, empreendedorismo e educação financeira. Eles aprendem a lidar com o sistema monetário e ganham autonomia para resolver situações do dia a dia.
RBE – O que consideram mais importante para que o estudante veja a matemática como algo útil e prazeroso em sua rotina?
Professores – A chave é mostrar como conceitos matemáticos resolvem problemas reais. Quando o estudante percebe essa aplicabilidade, ele entende o valor da disciplina. Estabelecer essas conexões práticas desperta o interesse e torna o aprendizado mais prazeroso.
RBE – Com a chegada do Ensino Médio, as preocupações com o Enem aumentam. Como os estudantes da Rede Batista de Educação são preparados para a prova de matemática?
Professores – Preparamos os estudantes por meio de simulados específicos do Enem, realizados pela própria RBE, além de assessorias pedagógicas que fortalecem o ensino e a revisão de conteúdo. Exploramos questões do Enem e vestibulares, ajudando-os a entender as diferenças entre os processos seletivos. Essa abordagem crítica e lógica garante que estejam prontos para diversos desafios.
RBE – Poderiam compartilhar uma atividade de sala que gerou impacto positivo nos estudantes e mudou sua percepção sobre a matemática?
Professores – Sim! Realizamos medições de áreas e perímetros no pátio da escola, e os estudantes usam trenas para calcular esses valores. Outras atividades incluem a construção de histogramas para análise de dados e oficinas de xadrez, que estimulam o raciocínio lógico. Essas práticas, quando atreladas ao ambiente escolar, tornam o aprendizado mais interessante e aplicável.
Os professores acrescentam ainda que a matemática dialoga com outros componentes curriculares (disciplinas), pois envolve interpretação de dados e resolução de problemas. A leitura e a interpretação são habilidades fundamentais para compreender as hipóteses e desenvolver uma análise crítica – um processo essencial tanto em matemática quanto nas demais áreas do conhecimento.
A entrevista revela que a matemática, ensinada de forma prática, vai muito além das fórmulas. Ao verem sua aplicabilidade na vida cotidiana, os estudantes não só entendem o valor da disciplina, mas também desenvolvem habilidades importantes para o futuro. Essa abordagem engajadora, adotada pela Rede Batista de Educação, está transformando a maneira como os estudantes enxergam e vivenciam a matemática.