Muita gente acha estranho que as tensões do dia a dia podem afetar também as crianças. Isso mesmo: o estresse infantil existe e ele deve ser identificado o mais rápido possível para evitar problemas de saúde, tanto físicos como psicológicos — que podem comprometer, inclusive, a vida escolar.
O estresse pode ser desencadeado por diferentes fatores, muitos deles relacionados à rotina acelerada das famílias, que precisam correr contra o relógio para dar conta de todas as obrigações e atividades.
Quer saber se o seu filho está sofrendo com o estresse e como ajudá-lo? Continue a leitura deste post!
O estresse é uma reação natural do organismo diante de alguma ameaça. Nosso corpo libera hormônios para ficar em alerta diante dessa situação como uma forma de defesa e proteção. Contudo, o que se vê hoje na sociedade, inclusive com as crianças, é uma tensão crônica que compromete a saúde de uma maneira geral.
Um estudo do International Stress Management Association no Brasil (Isma-BR), realizado com 220 crianças entre 7 e 12 anos, apontou que 8 a cada 10 casos em que os pais procuram ajuda profissional para seus filhos devido a mudanças de comportamento têm sua origem no estresse.
O estresse infantil pode ser causado pelo excesso de atividades que a criança realiza, como natação, inglês, aulas de música, além da escola regular. É claro que os pais matriculam seus filhos nesses cursos para desenvolver diferentes habilidades nos pequenos, mas essa rotina pode gerar um grande desgaste emocional.
Outros fatores que podem desencadear o problema são conflitos familiares, uma rotina diária muito desregrada e o excesso de cobrança e críticas dos pais.
As crianças estão em uma fase de desenvolvimento, por isso passam por momentos estressantes podem gerar consequências graves:
Lembre-se de algum momento estressante que você viveu no trabalho ou antes de realizar uma prova, por exemplo. Sintomas comuns são as mãos suadas, os músculos tensos e dor de barriga. Com as crianças não é diferente, e os pais precisam estar atentos a qualquer mudança nos filhos.
A alteração de comportamento é um dos principais sinais do estresse infantil. Confira abaixo outros sintomas.
Físicos:
Psicológicos:
Em casos mais severos, a ajuda médica e psicoterápica é bem-vinda, as com pequenas mudanças na rotina da criança — inclusive na escola — e na convivência entre pais e filhos, já é possível driblar o estresse infantil.
Veja algumas dicas de como a família e a escola podem ajudar.
O primeiro ponto é rever a agenda do seu filho. Realizar atividades fora da escola é sempre benéfico, desde que não seja em excesso. Converse com a criança, descubra os cursos que ela gosta de fazer e reduza o ritmo.
Com isso, ela deixará de se cobrar tanto para se sair bem em tantas tarefas diferentes. Além disso, terá tempo para relaxar e brincar mais, aproveitando a infância.
Você passa um período com o seu filho? Conversa e brinca com ele? Sabemos que a vida das famílias é acelerada, mas é importante se esforçar e passar um tempo de qualidade com a criança, seja no momento do jantar, seja para assistir um filme ou ler um livro junto a ela.
Quando chegar em casa, deixe as obrigações do trabalho e o smartphone de lado e aproveite bons momentos com o seu filho.
O cronograma diário de muitas crianças é tão cheio de atividades que muitas delas não conseguem brincar. Todavia, o brincar é essencial para o desenvolvimento saudável dos bebês e das crianças.
É um momento em que eles dão asas à imaginação, têm a criatividade estimulada, aprendem a resolver conflitos e até a entender melhor seus próprios sentimentos — o que vai ajudar a combater o estresse infantil.
Estamos falando do papel da família para evitar o problema, mas a escola também pode colaborar. É importante que a instituição de ensino equilibre as atividades acadêmicas e as atividades mais lúdicas, principalmente para as crianças menores, na educação infantil.
Os alunos passam muito tempo na instituição de ensino, e apesar do objetivo principal ser a aprendizagem, é fundamental que eles tenham bons momentos de descontração ao lado dos colegas e professores.
As críticas são importantes para que as crianças entendam quais são suas obrigações, as regras e os limites, mas é preciso ter cautela. Muitas famílias exageram nas cobranças, o que deixa a criança estressada.
Se o problema for uma nota ruim na escola, por exemplo, tente entender o motivo do mau desempenho, converse com os professores e procure formas de ajudar a criança nesse momento.
A última dica está relacionada à superproteção dos pais, que não dão autonomia para que a criança possa fazer algumas tarefas por conta própria ou evitam que elas passem por momentos ruins.
Com isso, os pequenos podem ficar estressados quando precisam enfrentar uma situação nova sozinhos ou diante de uma frustração.
É importante se preocupar com a questão do estresse infantil, por isso, observe qualquer mudança de comportamento no seu filho. Da mesma forma que esse problema afeta os adultos, pode ser bastante prejudicial para o crescimento saudável das crianças.
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