A inovação é um dos principais valores dos 19 Colégios Batistas, de norte a sul do país. Essas instituições de ensino se destacam na formação integral do ser humano, indo além do aspecto cognitivo.
Por esse motivo, foi criado o setor de Educação Digital, Inteligência Artificial e Cursos Técnicos, gerenciado pelo professor Luciano Sathler, especialista em transformação digital e no uso da Inteligência Artificial na educação, além de membro do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais (CEE-MG).
A área foi criada pelo Diretor-geral da Rede Batista de Educação, professor Valseni Braga.
“Entendemos que a equipe dos Colégios Batista Mineiro e Batista Brasil precisa estar sensibilizada para o impacto da Inteligência Artificial em todos os setores da sociedade. Se o mundo corporativo precisa estar atento a essas mudanças, quem trabalha com educação precisa ainda mais, pois não estamos apenas formando profissionais para o futuro, mas caminhantes para esse futuro de mãos dadas com nossos estudantes”, pontua o professor Valseni.
Dessa forma, os educadores dos Colégios Batista Mineiro e Batista Brasil contam com um setor especializado que oferece cursos, consultoria e suporte para aprofundar a inovação educacional com responsabilidade.
“A área tem como visão apoiar os Colégios, a gestão educacional e os professores para que possam avançar com qualidade e excelência no uso de tecnologia de ponta, de maneira que beneficie os estudantes e suas famílias”, explica Luciano.
De acordo com o professor, “não se trata apenas de tecnologia de ponta, mas do uso sério, ético e responsável dessas ferramentas”, ressalta o professor.
Luciano enfatiza que os educadores precisam se preparar para a aprendizagem mediada por Inteligência Artificial, auxiliando os estudantes a utilizarem essa tecnologia de forma crítica e criativa.
“À medida que o educador domina, compreende e utiliza a Inteligência Artificial com o propósito de melhorar a aprendizagem, ele também adquire ferramentas para conscientizar os estudantes sobre os riscos e compensar o uso da Inteligência Artificial na sala de aula”, afirma.
O professor destaca que a nova geração entrará em um mundo altamente tecnológico e que, por isso, a educação precisa se antecipar a essa realidade.
“Precisamos aprofundar a cultura digital para, ao recebermos os estudantes dessa nova geração, prepará-los para um futuro marcado pela Inteligência Artificial”, diz.
Nesse cenário de transformação, escolas e professores precisam trabalhar juntos para alcançar um equilíbrio.
“A Inteligência Artificial já faz parte da nossa vida, mas precisamos aprender a utilizá-la, a conviver com ela e a nos precaver”, conta Luciano.
Cultura Digital
Na programação do setor, possivelmente, em março será lançado o curso de capacitação “Cultura Digital” para os professores dos Colégios Batista Mineiro e Batista Brasil. Esse campo do conhecimento está alinhado à Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
No programa, os professores terão acesso a diversas abordagens para implementar um componente curricular que orienta os estudantes no uso seguro, ético e responsável das novas tecnologias.
Acompanhamento e Educação Tecnológica
A Rede Batista de Educação oferecerá acompanhamento quinzenal aos educadores, incluindo materiais complementares e suporte para a orientação dos estudantes.
A formação abordará o uso pedagógico da Inteligência Artificial Generativa, tecnologia que pode contribuir significativamente para a aprendizagem, favorecendo metodologias que incentivem o protagonismo do estudante e aprimorem o planejamento pedagógico dos professores.
As tecnologias de Inteligência Artificial Generativa possibilitam a criação de conteúdos originais, como textos, imagens e vídeos, com aplicação em diversas áreas, incluindo a educação.
“Um dos pilares da Rede Batista de Educação é uma inovação, e a Inteligência Artificial generativa tem grande potencial para colaborar com nossa missão de educar o ser humano em sua totalidade – mental, social, física, cognitiva e espiritual”, afirma o professor Valseni Braga.
Luciano reforça que, ao utilizar uma Inteligência Artificial Generativa, os educadores devem trabalhar essa tecnologia a seu favor.
“A humanização e a empatia são essenciais. Fazer as perguntas certas e incentivar o pensamento crítico e criativo são elementos fundamentais para que os estudantes aprendam a usar a Inteligência Artificial de maneira responsável”, afirma.
Desde a Educação Infantil, os professores poderão utilizar aplicativos baseados em Inteligência Artificial para criar materiais didáticos adaptados à faixa etária. No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, esse uso se intensifica. Sempre acompanhados pelos educadores.
Nos Anos Finais do Ensino Fundamental, os estudantes começam a ser conscientizados sobre a Inteligência Artificial com acompanhamento próximo dos professores.
No Ensino Médio, a Inteligência Artificial poderá ser integrada de maneira mais frequente, tanto teórica quanto prática, proporcionando aos alunos uma base sólida para o futuro acadêmico e profissional.
Política de Uso da Inteligência Artificial na Rede Batista de Educação
O Comitê de Inteligência Artificial da Rede Batista de Educação desenvolveu uma política de uso da Inteligência Artificial, garantindo segurança e privacidade dos dados, além da prevenção contra riscos e vulnerabilidades.
“Todas as tecnologias possuem vantagens e desafios. Nosso papel é analisá-los e mitigá-los para garantir um ambiente educacional seguro e produtivo”, explica Sandra Beconha, diretora pedagógica da Rede Batista de Educação.