Na adolescência, Pedro Menezes costumava vender na rua suco de limão, doces, pastéis… A habilidade de montar barraquinhas ele desenvolveu nos projetos propostos pelo Colégio Batista Mineiro, onde estudou durante todo o Ensino Fundamental. “Aprendi a fazer várias feiras no Colégio. Foi onde comecei a entender que precisava saber trocar dinheiro e atender bem meus clientes”, lembra. Já o gosto pelos negócios veio de casa. “Meus pais sempre foram empreendedores, cresci vendo eles fazerem isso. Nos primórdios da década de 80, meu pai tinha uma oficina mecânica e minha mãe, uma escola de inglês”, conta.
A verdade é que as pequenas vendas foram o início de uma trajetória de sucesso. Hoje, Pedro Menezes é um empresário, sendo o fundador da startup Segfy, integrante do San Pedro Valley e sócio fundador da Órbi Conecta – um espaço feito para criar conexões entre startups. Empreendedor nato, Pedro veio ao Colégio Batista para compartilhar suas vivências na área com os estudantes do 8º ano da unidade Séries Finais.
De modo geral, as startups são empresas que possuem custos baixos de manutenção, mas que crescem rapidamente, podendo alcançar um número elevado de pessoas. Pedro considera que já tinha uma startup de base tecnológica em 2006, quando o termo ainda não era tão difundido no Brasil. “Fiquei cerca de 10 anos empreendendo numa empresa de base tecnológica sem saber que era uma startup em um setor muito tradicional, mas que, em 2015, conseguiu integrar uma base de mais de 1500 clientes no Brasil inteiro. Só dá para fazer isso no modelo de startup”, destaca.
Durante a palestra, Pedro explicou que só pôde trilhar esse caminho a partir do autoconhecimento. “Quando eu me conheci e tive paz comigo mesmo, quando soube quais são os meus defeitos, qualidades, virtudes e fragilidades, soube para onde ir. Conheça a si mesmo para conhecer o mundo”, disse, ao motivar os estudantes a também buscarem cumprir seus objetivos de vida.
Ao conhecer seus potenciais, Pedro percebeu ser a organização uma de suas grandes habilidades, que o ajudou na construção da carreira. “Esse meu sistematismo, essa forma organizada de sistematizar veio do Batista. Muito da minha disciplina e da forma cadenciada de executar as coisas também vieram do Colégio, porque aqui tínhamos hora para tudo. Outra coisa é o gosto pela matemática. Talvez eu já tivesse essa tendência (de gostar de matemática), mas aqui ela aflorou. Gosto tanto de matemática que eu a enxergo em tudo”, compartilha ele, que, além de empresário, é graduado em Ciência da Computação pela UFMG.