Um dos pontos-chave para a montagem dessa atividade foi a criatividade! Os estudantes da 1ª série do Ensino Médio da Unidade Floresta foram responsáveis por elaborar um projeto de startup como solução para o reaproveitamento de calor perdido em ambientes ou máquinas. Partindo de uma situação cotidiana em que a perda de calor é acentuada, os alunos tiveram de organizar e desenvolver ideias para sua recuperação. O esboço deveria respeitar o meio ambiente e suas limitações.
“A apresentação visava trabalhar as expertises de comunicação e persuasão para desenvolver as habilidades socioemocionais do projeto pedagógico. Todo esse trabalho surgiu da ideia de colocar os alunos como protagonistas e instigá-los a associar o objeto de conhecimento (calor e energia) ao contexto do mundo real, alinhando as habilidades e competências que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) propõe”, menciona Raphael Zanandrais, professor de Física da turma.
Como recompensa, a empresa mais convincente recebeu um “investimento” – foi premiado com uma barra de chocolate – pelo esforço e dedicação. Para Raphael, o resultado dos projetos ficou incrível. “Os alunos souberam incorporar o ‘espírito empreendedor´. Observaram situações em que temos perda de calor, como saunas, academias, motor de carro, aquecimento eletrônico, organizaram slides bem ornamentados, com criatividade no nome da startup e fizeram apresentações teatrais e eloquentes”, conta.
O grupo da estudante Letícia Viglioni, 16, representou um dos projetos mais legais exibidos pela turma. Eles reaproveitaram o calor de eletrodomésticos para gerar energia e aquecer outros materiais na mesma quantidade de calor liberado. “Criamos uma placa para a geladeira a partir do efeito seebeck (produção de tensão elétrica). Junto com outras tecnologias, utilizamos um equipamento em que o calor do bebedouro esquentaria água em um reservatório à parte, para uso em outras finalidades”, diz Letícia.
Um dos itens que ganhou pontos na performance da apresentação foi utilizar vestimentas adequadas à responsabilidade proposta. Para Letícia, essa foi uma das partes que mais lhe agradou. “Usamos roupas formais e falamos como ‘empresários’. No mais, montar o projeto em si foi trabalhoso, mas quando vemos o resultado, o sentimento é inexplicável. Mostra uma capacidade que às vezes achamos que não temos”, conta.
Quer saber se, depois de tudo isso, eles ganharam o chocolate? Sim, foi um esforço merecido com uma doce sensação de recompensa.