educação humanizada
A escola nem sempre é um local em que as relações humanas são privilegiadas. É comum que os alunos sejam cobrados a manterem altos desempenhos, fazerem simulados e serem educados. Embora tudo isso seja importante, tais ações devem estar presentes em uma relação de compreensão e harmonia.
Ou seja, é necessário entender o que os alunos pensam, bem como quais são as suas vontades, os seus medos e as suas dificuldades. É dessa maneira que se torna mais fácil conseguir notas mais altas, atingir objetivos familiares e manter a educação — mais do que isso, resgatar a humanidade das relações na família e, principalmente, na escola.
Neste texto, você entenderá o que é educação humanizada, quais são os benefícios e qual é a importância da escola nesse processo. Boa leitura!
Em um mundo onde as mudanças acontecem rapidamente, é fundamental que as escolas também estejam preparadas para mudar a forma com que os processos escolares são realizados. Pensando nisso, a educação humanizada é uma abordagem que pode melhorar os trabalhos escolares, a relação com os professores — e entre os próprios alunos — e a sociedade em geral.
A metodologia considera toda a subjetividade dos estudantes, com os seus sonhos, os seus medos e as suas frustrações de forma completa. Desse modo, é possível resgatar valores como respeito, afetividade e elos emocionais.
Nem sempre as crianças e os adolescentes gostam do ambiente escolar. Você já deve ter ouvido falar de alguém que não queria mais estudar ou deseja mudar de escola, não é mesmo? Isso se deve, muitas vezes, a um ambiente no qual o aluno não se sente incluído e plenamente respeitado.
Em um local em que as diferenças dos alunos não são contempladas, a vontade de estudar é afetada. Ao contrário, quando o aluno é corretamente inserido com todas as suas crenças e os seus valores, ele se sente respeitado e pronto para aprender com maior efetividade.
Alguém só tem uma boa avaliação de si mesmo quando consegue se ver como portador de direitos e deveres, respeitado nos ambientes em que está inserido. Quando a instituição de ensino decide lutar contra os fatores que dificultam a boa relação do aluno com a escola, a tendência é que a autoestima do estudante cresça, transformando o ambiente escolar em um local mais propício para a criatividade, a imaginação e o empreendedorismo.
Da mesma maneira, alguém com autoestima bem construída está mais preparado para sonhar. Quem não se vê com qualidades dificilmente terá motivação para estudar e pensar em um futuro melhor para si e para as suas famílias.
Uma criança ou um adolescente sabe diferenciar quais são os ambientes mais saudáveis para viver, bem como valorizá-los. Com isso, ela consegue, aos poucos, entender porque determinadas famílias e outros locais não prezam pelo lado humano das relações.
Dessa maneira, o estudante também apresenta crescimento social, sabendo identificar os problemas da sociedade e pensando em soluções para resolvê-los de maneira definitiva. Ou seja, ambientes saudáveis geram outros ambientes saudáveis em longo prazo. Quem recebe respeito da sua escola e família tende a respeitar também as demais pessoas.
Como as crianças e os adolescentes estão cada vez mais informatizados e envolvidos com a tecnologia, manter um ensino tradicional não é a melhor opção. Por isso, a escola precisa pensar em maneiras para preparar e formar cidadãos que estejam prontos para viverem em sociedade, respeitando a si mesmos e aos seus semelhantes.
A escola é responsável por auxiliar a construção psicológica, intelectual e física dos alunos de acordo com as realidades vividas. Em parceria com os responsáveis dos estudantes, a escola é um dos grandes pilares em que os jovens construirão o seu amanhã.
Assim, quando a educação é individualizada, compreendendo as necessidades particulares do aluno, é possível fazer com que ele cresça, potencializando os seus pontos positivos.
Veja, agora, algumas formas que a escola tem para atuar na humanização da educação.
É com a interdisciplinaridade que é possível entender o mundo em que o aluno está inserido. Muitas vezes, os conteúdos são fracionados de forma com que o estudante não consiga entender como a disciplina está relacionada à vida real.
No dia a dia, por exemplo, a Biologia atua diretamente com a Física, Matemática e Química. A História se relaciona com Português e Geografia. Mesmo as profissões mais especializadas também trabalham com aspectos éticos e morais.
Ou seja, o cidadão na sociedade trabalhará com cenários em que várias disciplinas estão inclusas. Com a interdisciplinaridade, a instituição de ensino prepara os alunos a entenderem essa complexidade e começarem a se adaptar.
Você viu que a educação humanizada considera o aluno em sua subjetividade, não é mesmo? Uma das maneiras de aplicar isso é gerar um ambiente de sala de aula em que os alunos se sintam incluídos nas suas diferenças.
Lembre-se do seu ambiente escolar. Naquela época, existiam pessoas que fixavam o conteúdo com a explicação do professor, enquanto outras só conseguiam aprender quando estudavam em casa. Outras ainda precisavam de uma segunda abordagem em aulas particulares, não é?
Por isso, é fundamental que a escola multiplique as formas de ensinar um mesmo conteúdo. Investir em diferentes estratégias para inovar o modo de ensinar favorece o aprendizado, como por exemplo trabalhar com atividades lúdicas. Dessa forma, os alunos são transportados para a realidade em que vivem e conseguem associar novos aprendizados de forma mais fácil.
Como você viu, uma boa educação depende de um ambiente humano capaz de reconhecer toda a individualidade dos estudantes. Dessa forma, eles se sentirão mais respeitados, o que aumenta a autoestima deles, bem como amplia a motivação para estudar. Por isso, procure sempre pelas instituições que prezam pela educação humanizada e que auxiliem o aluno a se reconhecer como alguém que merece ser tratado de forma respeitosa, cordial e inteligente.