Antes mesmo de completar um ano de idade, o estudante Luiz Fernando Viana de Miranda pegou uma caneta e desenhou um círculo. Aos 10 anos, uma das brincadeiras favoritas dele era desenhar personagens do Mangá das histórias em quadrinhos japonesas. Hoje, aos 15 anos, já tem publicado o primeiro trabalho profissional: ilustrou duas histórias do material didático do programa de educação socioemocional Bene:).
“Foi Deus que colocou em mim essa habilidade”, afirma Luiz Fernando, que é aluno da 1ª série do Ensino Médio da unidade Floresta do Colégio Batista Mineiro. Ele conta que tudo começou de forma natural e não imaginava que o hobby se tornaria um ofício tão cedo. “Antes, eu não achava que era bom o bastante para desenhar a pedido das pessoas até conseguir fazer, no ano passado, o desenho de uma mulher com um ferro em sua frente. Quando terminei, eu vi que realmente estava desenhando bem”, lembra.
A obra mencionada é um desenho realista, estilo predileto de Luiz Fernando. Ele explica que, para fazer esse tipo de desenho, usa lápis e imprime a fotografia desejada, para que possa observá-la e, assim, reproduzi-la com exatidão.
O convite
Foi justamente uma das obras feitas a lápis pelo estudante que encantou a equipe pedagógica do programa Bene:). “Uma pessoa que trabalha para o Bene:) viu o meu trabalho por meio do meu pai, se interessou muito e me chamou para participar desse projeto”, conta.
Segundo Luiz Fernando, o convite foi uma grande surpresa para ele. “Eu entrei em estado de choque (risos). Eu nunca tinha ilustrado uma história assim antes. Eu disse aos meus pais: ‘acho que não vai dar’. Mas eles me deram aquela sacudida (risos); disseram que eu ia conseguir, sim. Então, aceitei participar”, compartilha.
Programa de educação socioemocional Bene:)
Foram duas histórias que Luiz Fernando ilustrou para o programa Bene:) presentes no volume 2 do material produzido para o Ensino Fundamental. O material didático do programa é utilizado por escolas de várias partes do país, inclusive no Colégio Batista Mineiro, para a formação ética e socioemocional dos estudantes.
“Os desenhos que fiz para o Bene:) me deram mais segurança para trabalhar e expandiram minha cabeça, porque consegui imaginar o movimento e a expressão dos personagens”, afirma o estudante, que se diz grato pela oportunidade.
O estudante acrescenta também que esse primeiro fruto fortaleceu ainda mais a vontade de seguir a carreira de desenhista. “Quero muito fazer o curso do Charles Laveso para aprimorar a textura de pele no desenho. Ele é conhecido por ser um dos maiores artistas do estilo realista”, ressalta. “Quero usar o desenho para fazer filmes de animação e jogos”, planeja Luiz Fernando.