Cuidar de um filho é uma das missões mais difíceis que existem! Não se trata apenas de fornecer abrigo e sustento, mas de construir um ser humano em seu todo. Os pais, ou cuidadores mais próximos da criança, são responsáveis por alimentar, proteger, dar carinho, ser exemplo e muito mais. Todas essas ações somadas à qualidade dos vínculos afetivos e às experiências vividas logo nos primeiros anos de vida, favorecem o desenvolvimento emocional infantil.
Neste texto, você compreenderá a importância de ajudar a criança a conhecer e lidar com suas emoções, e também verá quais são os efeitos da inteligência emocional na vida do indivíduo. Continue a leitura e entenda como auxiliar seu filho a crescer com equilíbrio!
A formação do ser humano, em totalidade, vai além dos aspectos biológicos e intelectuais, e inclui também a evolução das emoções. Os pais são os principais responsáveis pela missão de estimular o desenvolvimento da inteligência emocional em seus filhos.
E por que isso é tão importante? Somos guiados por diversas emoções, o tempo todo. Nossos comportamentos são direcionados pelos pensamentos e sentimentos que nutrimos ao longo das experiências de vida. Portanto, a educação emocional deve fazer parte da formação do ser humano, desde os primeiros anos de vida.
Somos seres mutáveis e em constante aprendizado. Mesmo depois de adultos, podemos modificar comportamentos e adquirir novas habilidades. Entretanto, quanto antes a criança aprender a identificar e lidar com suas emoções, mais fácil será para que ela elabore comportamentos adequados e viva experiências positivas.
O desenvolvimento saudável ajuda a criança a controlar e também a expressar suas emoções, o que facilita a comunicação com os pais, educadores e demais pessoas de seu convívio. Lembrando que os pais são a primeira e mais marcante fonte de aprendizado e de afeto de uma criança. Sendo assim, a evolução emocional começa quando seu filho se sente amado, protegido, compreendido e estimulado.
A inteligência emocional já é avaliada como um dos aspectos mais importantes da personalidade humana. Isso porque, quando essa habilidade é desenvolvida, os efeitos positivos são refletidos em diversos pontos, que vão desde o bom relacionamento interpessoal até a capacidade de gerir os próprios conflitos internos. Observe, a seguir, alguns dos resultados desse desenvolvimento.
A fonte de grande parte dos conflitos humanos é o desconhecimento das próprias emoções. Sentimos quando algo nos causa incômodo, mas nem sempre sabemos identificar que sentimento é esse: raiva, ansiedade, angústia, frustração, tristeza, desmotivação etc.
Se um adulto já encontra dificuldades para entender o que realmente sente, imagine a confusão que se cria na cabeça da criança! Ajudá-la, desde cedo, a desenvolver o autoconhecimento e entender suas emoções é essencial para que ela saiba como reagir. Assim, fica mais fácil substituir as birras e comportamentos inadequados por ações mais construtivas.
Um dos pontos mais positivamente afetados pela inteligência emocional é a empatia. Além de aprender a identificar os próprios sentimentos, a criança também passa a reconhecer quando outra pessoa está triste ou preocupada, por exemplo.
Entender e respeitar a emoção do outro, demonstra um alto nível de maturidade, que não é alcançado nem mesmo por muitos adultos. Então, será mesmo possível desenvolver essa habilidade em uma criança?
Sim! Embora, não com a mesma complexidade e capacidade racional e dedutiva dos adultos. Mas, já é um grande avanço se seu filho chegar da escola e contar que teve a atitude de chamar um amigo para brincar, somente porque este parecia estar triste.
Enquanto a criança ainda transita entre a impulsividade e a racionalidade, é natural que ela insista em agir somente de acordo com suas vontades. Para um desenvolvimento das habilidades socioemocionais de modo saudável e efetivo, é fundamental que os adultos ajudem seus pequenos a controlar os impulsos e respeitar limites.
É ainda nos primeiros anos de vida que o ser humano começa a entender que suas ações produzem consequências, sejam elas positivas ou negativas. A partir disso, a criança aprenderá que não pode se comportar apenas de forma a satisfazer suas vontades e começará a pensar nos efeitos de seus atos impulsivos.
Ser intolerante às frustrações é um comportamento comum na infância, justamente porque o indivíduo ainda não tem maturidade emocional suficiente para compreender o que é decepção e lidar com esse sentimento.
Contudo, os adultos não devem assumir uma postura condescendente. Ao contrário, é importante estimular a criança a entender que, ao longo da vida, ela não poderá ter tudo o que quer, e que decepções e frustrações sempre podem surgir. O que fará diferença é a capacidade emocional para reagir a essas situações.
Se nós ficamos exasperados com a demora em filas de atendimento ou com a lentidão no trânsito, pense em como a criança pequena se sente diante da espera, já que sua noção de tempo ainda é confusa. Então, para ensiná-los a ter paciência, primeiramente, somos nós que devemos ser pacientes com a pressa dos nossos pequenos.
Além do bom exemplo, outro método favorável para ajudar a criança a controlar sua impaciência é a distração. Mude de foco, relembre um assunto divertido, cante uma música. E não se esqueça de explicar que tudo tem seu tempo e que as coisas nem sempre acontecem do jeito e na hora que nós queremos.
Quando adultos, muitas vezes, perdemos oportunidades e experiências simplesmente por insegurança. Fortalecer a autoconfiança de seu filho é primordial para que ele tenha um crescimento emocional saudável e aprenda a reconhecer, em si próprio, a coragem e as demais habilidades necessárias que o levarão a alcançar seus objetivos.
Aponte as qualidades da criança, reforce seu potencial, respeite suas limitações e nunca a rotule por suas falhas. Tudo isso contribuirá de forma bastante construtiva para a evolução da autoconfiança.
Além dos pontos que mencionamos, o desenvolvimento emocional saudável ainda contribui em diversas outras questões, que serão evidenciadas ainda na infância e perpetuarão até a vida adulta, como: boa comunicação e capacidade de expressar as emoções; persistência; tolerância e respeito às diferenças, entre outras.
O núcleo familiar é a matriz dos vínculos e das experiências emocionais do ser humano. Por sua vez, a escola também ocupa um papel de destaque no desenvolvimento das habilidades socioemocionais na criança, englobando a evolução do sistema motor, do intelecto e das emoções. Para que a criança se desenvolva integralmente e de forma equilibrada, todas as suas interações devem ser fonte de estímulo.
Por essa razão, a escola também precisa fornecer o amparo necessário, com a ajuda de toda uma equipe de professores bem preparados, para que os alunos canalizem suas emoções na direção certa. A parceria entre escola e família, torna-se essencial, nesse sentido.
Compreendeu a importância de facilitar o desenvolvimento emocional infantil? A criança que cresce em um ambiente acolhedor e vivencia interações construtivas tem muito mais chances de evoluir com equilíbrio e aprender a lidar com suas emoções e conflitos. Os efeitos positivos dessa formação serão sentidos pela vida toda!
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