O tema dos transtornos mentais tem recebido bastante atenção nos últimos anos — o que é fundamental para prevenir e tratar sofrimentos de cunho emocional. Você sabe que eles não afetam somente os adultos? É possível ter depressão na adolescência.
Inclusive, é mais importante ainda falar desse assunto, pois muitos adolescentes não são diagnosticados ou tratados adequadamente por falta de informação. Afinal, como perceber a depressão nessa fase? Como ajudar alguém que esteja enfrentando esse problema?
Para saber as respostas para essas perguntas, confira as informações que reunimos neste post!
A depressão é um transtorno que envolve não apenas o aspecto emocional, mas o funcionamento do corpo. Ela causa um desequilíbrio em neurotransmissores do cérebro, o que dificulta a vivência de emoções positivas e aumenta sensações de desânimo e tristeza.
Entretanto, é importante entender que depressão não é apenas uma tristeza. Sentir-se triste é algo comum diante de dificuldades e frustrações da vida, e a depressão não é só isso. Um elemento fundamental para diferenciar as duas coisas é a duração dos sintomas.
Um sinal de alerta é quando a tristeza se torna persistente, e dificulta a realização de atividades rotineiras. A depressão também se expressa a partir de outros sinais, como:
Embora a tristeza e a apatia sejam marcas mais comuns da depressão no adulto, quando essa condição afeta o adolescente, ela pode se manifestar de maneira bem diferente. Assim, os sintomas do seu filho podem estar mais relacionados à irritabilidade e agitação, por exemplo.
Em relação às causas do problema, não é possível indicar um único motivo. Geralmente as condições psicológicas acontecem por uma combinação de fatores, como aspectos biológicos, sociais e pessoais.
Um adolescente com depressão precisa de ajuda. Muitas vezes ele não consegue perceber o problema ou desenvolver estratégias para melhorar. Por isso, o suporte dos adultos é fundamental. Veja o que você pode fazer.
Um dos principais cuidados que podemos ter com a depressão na adolescência é validar o que a pessoa está sentindo. Infelizmente, esse assunto ainda é tratado como tabu e há muita desinformação — o que pode agravar as dificuldades do adolescente.
Por isso, lembre-se que, antes de tudo, ele precisa da sua compreensão. Os sintomas do problema não devem ser vistos como drama ou besteira. Entender o que acontece no corpo e na mente do seu filho é essencial para ajudá-lo.
Também é importante não naturalizar sinais do transtorno. Embora seja comum que adolescente passem por momentos difíceis nessa fase, é preciso diferenciar o que são reações normais e o que podem ser sintomas de depressão.
Do que precisa uma pessoa que está sofrendo? De atenção e cuidado, certo? Considerando isso, o suporte familiar é essencial para a superação de problemas emocionais. O adolescente vai procurar seus vínculos mais fortes para buscar ajuda.
Os vínculos pessoais têm papel central no tratamento da depressão, afinal, em momentos de tristeza intensa e sentimento de inutilidade, eles lembram o adolescente de que ele é importante para outras pessoas.
Se o seu filho não costuma se abrir para conversar sobre a vida com você, tente mudar isso. Coloque-se disponível para entender o que ele está passando e oferecer acolhimento. O diálogo respeitoso é indispensável. Do contrário, ele pode se sentir julgado e deixar de lhe procurar.
Por fim, não deixe de procurar ajuda profissional para o seu filho. A depressão não é um estado passageiro, ela é um transtorno que precisa ser tratado para regredir. Ainda que o seu apoio seja muito importante, ele não é o suficiente para resolver o quadro.
É preciso buscar o suporte de médicos para realizar o diagnóstico da depressão e começar um tratamento adequado. Fazer terapia com um psicólogo é a forma mais comum de intervenção nesses casos.
Além disso, pode ser necessário consultar um psiquiatra e tomar medicação por um período. Como falamos, a depressão afeta o funcionamento de neurotransmissores, e os remédios atuam na regulação desse processo no cérebro.
A família não precisa estar sozinha para lidar com a depressão na adolescência. A escola também tem papel fundamental nesse contexto, já que é lá que o aluno passa boa parte do seu dia e constrói importantes relacionamentos com outros adolescentes e adultos.
Promover um ambiente saudável de estudo é tarefa da escola. Ao fazer isso, ela promove bem-estar entre os alunos e funcionários, contribuindo para que eles tenham menos chance de sofrer questões emocionais.
A construção de vínculos positivos com professores é outro fator que não só previne problemas, como ajuda no tratamento da depressão. Isso acontece porque o adolescente se sente melhor quando é valorizado pelos adultos com quem convive.
Outro elemento interessante é o planejamento de atividades diferenciadas. Sair da sala de aula e viver experiências novas ajuda o aluno a entender a vida um pouco melhor. A prática de esportes, por exemplo, gera vários benefícios.
Mais uma ação que a escola pode fazer é atuar no desenvolvimento emocional dos alunos. Abordar temas sobre saúde mental vai fazer com que eles consigam identificar as próprias dificuldades e as dos colegas, construindo verdadeiras redes de apoio.
Agora você sabe como acontece a depressão na adolescência e o que pode ser feito para ajudar a mudar esse quadro. Caso perceba alguns sinais no seu filho, siga as nossas orientações e busque apoio! Com a contribuição de todos, é possível superar esse problema!
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