Desde a sua criação, em 1998, o Enem tem o objetivo de avaliar o desempenho do aluno ao término da educação básica. Por meio de cruzamentos de dados, o Ministério da Educação (MEC) usa os resultados para elaborar políticas públicas para a educação no país. Por isso, o exame avalia as competências de leitura e de escrita do estudante.
A redação é uma parte muito importante da prova do Enem. Ela vale mil pontos e revela a capacidade do candidato de compreender, analisar e avaliar questões sociais, culturais, científicas e/ou políticas. E isso exige muita prática de leitura, reflexão e escrita.
A expectativa em relação ao tema que será cobrado costuma trazer muita ansiedade para o estudante. Mas, em vez de tentar adivinhar o tema da redação do Enem, o que indica falta de preparo para o exame, é muito mais produtivo o aluno se preocupar em construir um repertório e ficar, de fato, preparado para qualquer tema que caia.
Neste artigo, vamos refletir sobre alguns aspectos que podem ampliar o repertório dos candidatos para que façam não apenas uma excelente redação do Enem, mas também dominem a interpretação na prova objetiva. Boa leitura!
Existem diversos tipos de redação aos quais os vestibulares podem recorrer. Cada um deles segue uma estrutura e um propósito diferentes, exigindo dos candidatos o conhecimento para aplicar as melhores técnicas e alcançar os objetivos propostos.
Na prova de redação do ENEM, por exemplo, o aluno terá que redigir um texto dissertativo-argumentativo. Esse é um tipo textual que exige a construção de um ponto de vista sobre o tema, a seleção de argumentos para defesa desse posicionamento, além de uma proposta de intervenção social.
São outros tipos de redação:
Vale lembrar que o estudante pode utilizar alguns elementos desses tipos de redação para tornar o seu texto único. Porém, essa estratégia deve ser pensada com cautela. Um exemplo bastante rico é apresentar o tema proposto a partir da narrativa de um fato pertinente, com o intuito de situar o leitor na problemática.
De fato, é essencial ter familiaridade com diferentes tipos de temas que poderão ser cobrados na prova de redação, tais como:
Porém, para além disso, o estudante deve entender o que a banca avaliadora leva em consideração para aplicar as notas. Na verdade, são 5 competências. Veja quais são!
A primeira delas diz respeito à maneira como ele compreende a norma culta e a aplica na redação do Enem. Nesse momento, a leitura de diferentes estilos de narrativa é o que enriquece o repertório lexical desse candidato.
O estudante também deve estar atento ao tema proposto, de modo a não divagar muito ou fugir dessa linha de raciocínio. Todos os seus argumentos precisam fazer sentido e direcionar o leitor a uma conclusão, sempre dentro da promessa.
O próximo passo é estruturar as suas ideias, selecionando os argumentos mais fortes e dispondo-os da melhor forma para compor a redação. As informações precisam ser claras e compreensíveis, além de seguir a quantidade mínima e máxima de linhas.
Seguir a estrutura dissertativo-argumentativa também é uma das competências avaliadas. Para o melhor resultado, o candidato deve apresentar de dois a três argumentos fortes, capazes de expor o seu posicionamento e persuadir o leitor a concordar.
Para finalizar a exposição de argumentos, a redação precisa de uma solução, que não pode ser utópica ou clichê. A banca aprecia propostas viáveis, aplicáveis e escaláveis.
Conquistar a nota mil na redação do Enem não é algo impossível. A cada ano, ao menos 40 candidatos conseguem esse feito. Um bom caminho para construir o repertório é entender o que esses textos têm em comum e de que maneira aplicar tais técnicas em seu trabalho.
Com os exemplos de redações nota mil, é possível reparar que quem não tem repertório próprio não consegue ir além das ideias dos textos motivadores, não produz um texto com diferentes vozes (ou seja, sem citação de filósofos, sociólogos, historiadores etc.). Afinal, não se presta a dialogar com outras áreas do conhecimento.
Dessa maneira, o candidato deve ler principalmente reportagens, editoriais e artigos de opinião, pois são gêneros textuais que o ajudarão a ter acesso a diferentes pontos de vista sobre cada assunto, que é a base para a capacidade crítica.
Assim, ler um artigo de opinião todos os dias é crucial. Não adianta folhear uma revista quatro horas seguidas e retomar a leitura dali a um mês. Isso não tem efeito prático para formar repertório e pode ser, inclusive, uma distração sem propósito.
Por fim, é preciso ter em mente que o repertório para a redação do Enem é construído com a vivência. Cada pessoa pode ampliá-lo por meio de experiências, ou seja, tudo o que puder proporcionar novos conhecimentos e reflexões. Uma maneira recomendada para isso é por meio do treinamento constante.
Para isso, o aluno pode selecionar os últimos temas que o Enem propôs para a redação e treinar a partir deles. Uma alternativa é criar um plano de estudos para os jovens, em que tenham espaço reservado para fazer textos dissertativo-argumentativos com base no que acontece de problemático no Brasil e no mundo.
Enfim, ter êxito na prova de redação do Enem requer leitura diária de temas atuais que propiciem reflexão sobre diferentes problemáticas, planejamento a fim de explicitar as técnicas de escrita do texto dissertativo-argumentativo, escrita semanal e melhoria dos aspectos frágeis apontados pelo professor.
Agora que você compreendeu o que é preciso para uma redação nota mil, compartilhe o conteúdo em suas redes sociais. Dessa forma, outros pais poderão compreender as melhores técnicas e auxiliar os jovens nessa jornada rumo à aprovação.
Gostou do nosso conteúdo sobre como construir repertório para a redação do Enem? Então, leia também nosso artigo com 11 dicas para se preparar melhor para o Enem!