Conscientizar para transformar pensamentos e realidades. Há 17 anos, o Congresso Jovem Cidadão da unidade Betim do Colégio Batista Mineiro, além de propor aprofundamento de conhecimentos aos estudantes, impulsiona-os a colocar o saber em prática dentro e fora da escola. O resultado? Jovens com visões ampliadas, posicionados e que fazem a diferença frente à sociedade.
Durante o congresso, realizado entre os dias 9 e 13 de julho, os estudantes do Ensino Médio apresentaram, em forma de palestras e debates, problemáticas atuais que têm influenciado o mundo. Para isso, cada grupo ficou responsável por levantar dados, conceitos e efeitos de temáticas com base em datas como: Dia Internacional da Eliminação da Discriminação Racial, Dia do Holocausto, Dia Mundial da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, Dia Internacional Contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas, Dia Internacional Contra a Corrupção, dentre outras.
Dessa forma, conforme destaca Ana Caroline Ribas, estudante da 2ª série, não somente quem está no palco aprende, mas também quem está na plateia passou a ter compreensão sobre temas que nunca questionaram antes. “Tenho aprendido com os grupos sobre assuntos aos quais a gente não dá a devida importância no dia a dia, como a questão das notícias veiculadas pela imprensa. Descobri que muitas notícias são, na verdade, fake news, e que temos que verificar se tudo que a gente lê é verdade mesmo”, exemplifica a estudante.
Todo esse entendimento proporcionado pelo projeto faz parte do papel da escola na formação de cidadãos mais conscientes, como explica o diretor da unidade, pastor José Paulo. “O congresso funciona também no sentido de instruir os estudantes a colaborar para minimizar a condição de alienação das pessoas em relação às questões da cidadania. Isso porque cometemos um grande equívoco de falar apenas dos direitos dos cidadãos. No congresso, os jovens precisam trazer as duas faces: a dos direitos e a dos deveres. Além disso, todo o conhecimento adquirido aqui é levado para outras pessoas, uma vez que eles saem entendendo o seu papel de contribuir também para a conscientização das pessoas que estão fora dos muros da escola”, afirma.
Como pontua a coordenadora do Ensino Médio, Eudes Cadilhe, o congresso é ainda uma oportunidade de aperfeiçoar, descobrir e confirmar vocações e habilidades. “Há mudanças até no ponto de vista profissional, já que há estudantes que se definem por uma carreira ao tomar conhecimento sobre os temas pesquisados. Além disso, durante o preparo para o trabalho, eles vão in loco para conhecer a realidade daquele assunto que está sendo tratado. Por causa disso, alguns já propuseram por exemplo, mobilizações e trabalhos voluntários”, ressalta.