Já parou para pensar no impacto que o ambiente escolar tem no aprendizado? Muito além das paredes e cadeiras, a arquitetura de uma escola pode ser um verdadeiro motor de inovação, criatividade e bem-estar. Salas temáticas, espaços criativos e o uso de tecnologia são elementos que impulsionam o desempenho dos estudantes, tornando o aprendizado mais dinâmico e envolvente.
Para entender melhor como isso acontece, conversamos com a arquiteta Renata Ferreira, responsável pelos projetos dos Colégios Batista Mineiro e Batista Brasil, e com Andrea Silva, diretora do Colégio Batista Mineiro BH – Buritis. Elas compartilharam como o design escolar pode inspirar o aprendizado integral dos estudantes.
Arquitetura que inspira o aprendizado
Colégio Batista Mineiro BH – Buritis
Segundo Renata Ferreira, o projeto arquitetônico de uma escola deve ir além das exigências acadêmicas e promover bem-estar, inclusão e inovação. “A arquitetura escolar é uma extensão do processo educativo. Um ambiente inspirador motiva os estudantes a aprenderem e desenvolverem seu potencial”, afirma.
Um dos conceitos aplicados nos colégios da Rede Batista de Educação é a neuroarquitetura, que combina arquitetura e neurociência para criar espaços que impactam positivamente o comportamento, as emoções e a aprendizagem.
“Investimos em iluminação natural e ventilação para criar um ambiente mais saudável e estimulante. Grandes painéis de vidro, por exemplo, maximizam a entrada de luz, melhoram a concentração dos estudantes e contribuem para o bem-estar geral. Essa conexão com o exterior tem um impacto significativo no aprendizado”, destaca a arquiteta.
Além disso, a escolha dos materiais também faz a diferença. “Priorizamos o uso de materiais sustentáveis, como madeiras certificadas e tintas não tóxicas”, explica Renata.
Salas temáticas e espaços criativos: aprendizado na prática
Sala maker – Colégio Batista Mineiro BH – Buritis
A escola não é feita apenas de salas de aula tradicionais. Espaços diferenciados, como salas de robótica, maker e laboratórios, transformam a forma como os estudantes aprendem.
Para Andrea Silva, esses ambientes estimulam criatividade, experimentação e resolução de problemas. “A robótica, por exemplo, desenvolve habilidades como lógica, pensamento computacional e colaboração. Os estudantes trabalham em equipe, aprendem programação, a mecânica de forma prática, e desenvolvem persistência diante dos desafios”, explica.
O espaço maker, por sua vez, incentiva a inovação e a autonomia. Já os laboratórios permitem a vivência científica, aprofundando o conteúdo e despertando a curiosidade. “Experimentos práticos em laboratórios fazem com que o estudante compreenda melhor conceitos de Ciências, Biologia, Física e Química. Isso estimula o interesse pela pesquisa e pelo aprendizado ativo”, complementa Andrea.
Tecnologia e o protagonismo do estudante
O uso de tecnologia em sala de aula também tem um papel essencial no desempenho acadêmico. Recursos como lousas digitais e plataformas interativas tornam o ensino mais dinâmico e acessível.
Andrea acredita que o segredo para um aprendizado eficaz está no encantamento: “Quando o estudante se encanta com um tema, o aprendizado se torna mais significativo. A tecnologia permite que cada estudante avance no seu próprio ritmo, combinando metodologias ativas e tornando a experiência mais próxima da realidade deles”.
Além disso, os espaços criativos estimulam o trabalho em equipe e a troca de ideias, desenvolvendo habilidades socioemocionais e preparando os estudantes para desafios reais.
Neuroarquitetura: o impacto das cores e do design na aprendizagem
Colégio Batista Mineiro BH – Buritis
Os colégios da Rede Batista de Educação são projetados considerando o impacto das cores, do mobiliário e dos espaços verdes no aprendizado.
Andrea destaca que a neuroarquitetura ajuda a criar um ambiente acolhedor e estimulante. “Tons suaves trazem tranquilidade, enquanto cores vibrantes estimulam a criatividade e a motivação. Móveis modulares permitem que o professor adapte o espaço conforme a metodologia utilizada. Tudo é pensado para atender às necessidades de cada faixa etária”, afirma.
Os espaços verdes também fazem diferença. “Nosso colégio tem um jardim interno e um ipê maravilhoso. O contato com a natureza aumenta a sensação de conforto, reduz o estresse e melhora a concentração. Criamos um ambiente que favorece não apenas o aprendizado, mas também o desenvolvimento emocional dos estudantes”, finaliza.
O ambiente escolar vai muito além de um espaço físico; ele é um elemento ativo no aprendizado e no desenvolvimento dos estudantes. Ao investir em salas temáticas, espaços criativos e conceitos como a neuroarquitetura, a Rede Batista de Educação reforça seu compromisso com uma educação inovadora, acolhedora e inspiradora.