Você sabia que o conceito da Educação Bilíngue não é uma novidade do século XXI? Na Antiguidade, por exemplo, existiram propostas para se aprender uma outra língua e simultaneamente conhecer uma outra cultura, destaque para o grego considerado como língua dominante na época. Na Idade Média, somente o Latim era ensinado sistematicamente nas escolas monásticas, bem como nas outras instituições de ensino.
Dessa forma, as línguas estrangeiras eram aprendidas por meio do contato com falantes nativos. Semelhantemente, as governantas das casas da nobreza nos séculos XVIII e XIX eram encarregadas de ensinar sua língua nativa às crianças por meio dos conteúdos escolares. Vemos, portanto, que tanto na Antiguidade como na Idade Média, mas mais ainda nos séculos XVIII e XIX, existe este princípio base do ensino bilíngue: integrar o aprendizado de língua e conteúdo, tendo a língua estrangeira como ferramenta de trabalho.
Como podemos ver acima, a educação bilíngue não é um privilégio da nossa contemporaneidade, no entanto, devemos reconhecer que ela tem ocupado um papel fundamental na instrução e inclusão de cidadãos no mundo globalizado, multilinguístico e diversificado.
No Brasil, o ensino bilíngue acontece há quase quarenta anos, inicialmente na cidade de São Paulo e expandindo-se por várias cidades do país. Desde que a língua inglesa se tornou a língua a franca do mundo globalizado ela é tratada em muitas sociedades como língua de prestígio, ferramenta de inserção social, digital e até econômica, conferindo ao seu falante o status diferenciado de cidadão globalizado.
Todavia, há que se tomar muito cuidado, pois há na atualidade, uma “corrida do ouro”, onde muitas escolas veem na Educação Bilíngue um nicho de mercado, trazendo uma oportunidade comercial e de marketing, contudo com a falta de legislação que regulamente tal prática, cada escola define sua oferta e identidade, o que em muitos casos é positivo, correto e sério, mas em outros não passa de mera estratégia de competitividade de mercado.
Pais desinformados, mas iludidos com a possibilidade de oferecer a seus filhos acesso mais fácil e rápido à língua inglesa embarcam nessa corrida sem conhecimento suficiente para avaliar e fazer escolhas.
Educação Bilíngue não é ensinar o estudante a desenvolver suas habilidades linguísticas, não é ver a língua como um código separado e estanque, um fim em si mesma.
Educação bilíngue vai muito além disso, ela vê o indivíduo como um ser integral e a língua estrangeira como oportunidade de oferecer uma educação igualitária e significativa, desenvolvendo cidadãos tolerantes com a diversidade dos grupos linguísticos e culturais, um cidadão que respeita, se expande e se adapta aos diferentes ambientes em que estiver inserido.
Agora que você conhece um pouco mais sobre esse assunto, conheça o projeto de Educação Bilíngue do Colégio Batista Mineiro!
Prof. Rita Miranda
Coordenadora do Batista Bilíngue