“Acho que até agora não estou acreditando”, diz a ex-estudante Alessandra Lopes Lima, 18, que passou no 4º lugar geral em Medicina na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A discente do Colégio Batista Mineiro – Unidade Ouro Branco segue sem acreditar na sua conquista. Dedicada e determinada, hoje Alessandra só tem o que comemorar.
Se para a maior parte dos estudantes passar em Medicina é um sonho, para Alessandra o curso representa uma forma de amor e cuidado com as pessoas. “Acho uma profissão muito bonita, com um serviço muito direto ao outro e que marca as pessoas, sendo isso o que eu buscava, fazer real diferença na vida de alguém”, expõe. Para isso, a ex-estudante de 18 anos conta que precisou se planejar. “Minha rotina de estudos foi bem intensa. No primeiro e segundo anos das Séries Finais, mesmo considerando a pandemia que nos afetou em 2020, os estudos fluíram de maneira tranquila. Quando entrei no último ano do Ensino Médio, as coisas mudaram bastante. Organizei um calendário de estudos para o ano e, quando as aulas retornaram, eu já estava ‘a todo vapor’”, acrescenta.
Para Alessandra, o apoio da escola foi muito importante, dentro das possibilidades restritas de um ano de muitas limitações. “Houve a disponibilização de materiais utilizados nas aulas, a flexibilização dos dias de provas e trabalhos, facilitando a organização dos estudos. O Colégio Batista permitiu que a Terceira Série fizesse o último simulado da plataforma na escola, o que ajudou muito na veracidade da simulação de um dia de prova. O último sábado letivo do ano, que costumávamos fazer online, também pôde ser feito na escola, em um formato revisional”, conta.
Tanto empenho e dedicação durante o percurso são confirmados pela coordenadora dos Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio da Unidade de Ouro Branco, Lúcia Helena Pereira. “Alessandra é uma estudante concentrada e atenciosa, sempre se relacionou bem com os colegas de sala e com a equipe de educadores. Fiquei maravilhada quando ela e mais uns colegas ofereceram o serviço de monitoria para o Colégio. Eles se disponibilizaram para ajudar os estudantes dos Anos Finais, considerando as turmas do 6º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio. Juntou o trabalho da escola a fim de desenvolver os estudantes e prepará-los para o Enem por meio de projetos adequados a esse momento”, comenta.
O orgulho que Michelle Lima, mãe da ex-estudante, sente pela filha fica ainda mais visível nas suas palavras, e a única coisa que lhe traz tristeza é distância que a separará da filha, já que Alessandra vai se mudar em breve para a cidade de Juiz de Fora (MG). “Me emociono ao pensar nessas horas de distância (rsrsrs). Alessandra foi o cumprimento de uma promessa de Deus em nossas vidas. Oramos por um filho, e Deus nos presenteou com sua vida. Agora chegou a hora de alçar voos mais altos e distantes. Estou em paz, pois confiamos nos ensinamentos ofertados, nos valores consolidados e no compromisso dela em buscar ao Senhor. Me orgulho da filha que tenho e sei que ela será uma profissional incrível, e que outras pessoas em outros lugares serão abençoadas através da vida dela”.
A equipe pedagógica do Colégio Batista Mineiro acompanha o estudante em fases decisivas. Giovanni Bittencourt, professor de matemática (matéria tão temida por alguns), acompanhou de perto a ex-estudante. “Vi o processo de aprendizagem e convivência e, sem dúvida alguma, percebi que o conhecimento que ela foi adquirindo e assimilando cresceu no mesmo diapasão que sua formação como pessoa. Alessandra sempre foi muito dedicada, esforçada e, principalmente, humilde. Venceu cada dificuldade que tinha e nunca ignorou uma dúvida, por mais simples que fosse a questão discutida”, fala.
Segundo o professor de matemática, apenas 2% dos alunos que entram em Medicina acabaram de cursar o Ensino Médio, ou seja, o sentimento de gratidão, superação e conquista em relação à aprovação da estudante é ainda maior. “Ver um aluno passar em uma Federal, no curso que ele almejou, é uma vitória para nós, professores”, diz. O respeito e a admiração vêm também dos colegas de turma e da professora de Língua portuguesa, Luciana Meireles. “O primeiro texto que li da Alessandra foi a redação da prova de sondagem e, nesse momento, percebi sua criticidade, organização de ideias e conhecimento acadêmico e de mundo. No início daquele ano, conheci a estudante e me encantei com sua educação, carisma, persistência e por ver nos seus olhos e ações a gratidão por compartilharmos nosso conhecimento com ela e toda turma”, diz.
Alessandra Lima Lopes representa não só uma conquista da instituição Rede Batista de Educação, mas reflete o esforço, a determinação e a capacitação dos nossos estudantes. Oramos para que Deus continue direcionando a vida de cada um e lhes conceda sabedoria e graça.