Sendo uma importantíssima parte do aprendizado, do crescimento e da valorização de uma vida ativa e saudável, um acompanhamento nutricional nas escolas, que entenda as necessidades e particularidades de cada corpo, torna-se essencial. Isso porque vivemos em um país em que se não mudarmos os hábitos alimentares, em menos de dez anos, cerca de 11,3 milhões de crianças podem ser obesas, segundo dados da FMO (Federação Mundial de Obesidade).
Por sua vez, quando as crianças têm este acompanhamento desde cedo, as chances de elas se desenvolverem e de terem uma vida mais longa são maiores. Isso se deve ao fato de que se alimentar de modo saudável contribui para uma formação integral, que engloba fatores físicos e psicológicos, além de melhorias no aprendizado e qualidade de vida.
Devido a essa importância, a educação alimentar deve estar atrelada ao programa pedagógico da instituição de ensino. Esse cuidado prioriza a educação do paladar, a consciência sobre os alimentos e, consequentemente, a prevenção de doenças e o maior desempenho dos alunos.
Quer saber mais sobre o assunto? Neste post, nós explicamos direitinho!
A educação alimentar deve fazer parte dos valores de ensino das escolas, integrante de uma proposta pedagógica que pensa em longo prazo. Contudo, é importante ressaltar que o cuidado com a alimentação não se trata de uma questão estética, na qual o intuito é que as pessoas sejam magras. O foco é abarcar fatores como a independência, a qualidade de vida e a longevidade.
Dessa forma, a escola recebe um papel de destaque, uma vez que acompanha todas as fases de crescimento das crianças e onde elas moldam hábitos que serão firmados e importantes para o futuro delas.
Uma das exigências mais importantes a serem atribuídas à escola é a função de fornecer refeições baseadas nas recomendações de cada criança e faixa etária. Além disso, é preciso fazer com que elas conheçam os benefícios dos nutrientes ingeridos, motivando-as a sempre estarem experimentando alimentos novos.
Assim, aos poucos a criança irá adotando hábitos cada vez mais saudáveis, conscientes e benéficos. Com a escolha de bons alimentos (ricos em nutrientes), ela poderá se desenvolver mais rapidamente, ter energia para realizar diversas atividades ao longo do dia e ainda ser consciente dos benefícios que cada um deles podem lhe trazer.
O sucesso de uma boa alimentação é tornar esse momento uma experiência valiosa para a criança. Além da possibilidade de aguçar o paladar, o olfato e a visão, experimentando alimentos variados, os pequenos também iniciam assim o hábito de sentar à mesa . Esse momento melhora a socialização delas com os colegas.
Inclusive, algumas escolas arriscaram trocar os pratos prontos pelo self service, já que viram grandes chances de aumentar a autonomia das crianças ao fazer com que elas mesmas tenham a possibilidade de variarem seus pratos e de experimentar alimentos novos.
A legislação brasileira presente no Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação diz que o planejamento do cardápio escolar deve considerar as condições do ambiente e não deve incluir alimentos muito distantes da realidade das crianças. Em outras palavras: é preciso que as crianças entendam o motivo pelo qual devem comer tal alimento, e o quanto ele pode fazer bem à elas.
O objetivo é que elas possam continuar se alimentando adequadamente quando estiverem em casa. Portanto, as comidas in natura, que são ricas em nutrientes benéficos e que fazem parte do cardápio da maioria dos brasileiros — como feijão, frutas, verduras, grãos e leite — são muito recomendados.
O paladar das crianças pode ser aguçado pelos sentidos e pela vontade que eles têm de descobrir o novo. Dessa forma, mostre ao seu filho que comidas saudáveis também podem ser esteticamente atraentes, saborosas e cheirosas e que elas são preparadas com cuidado, carinho, atenção e higiene.
Para isso, a variação das cores, por exemplo, pode ser um fator crucial. Já imaginou que uma criança pode gostar muito de uma salada de frutas em razão de esse lanche ter cores vivas e sabores e texturas variados?
Além disso, por parte da escola, o aprendizado das disciplinas tradicionais, como Ciências, é essencial para complementar o processo. O estudo é parte básica do acompanhamento nutricional nas escolas: por meio dele, as crianças podem entender a importância de uma alimentação saudável. É através desse conteúdo que aprendem o impacto e a função de cada alimento no nosso organismo.
As crianças também precisam contar com exemplos fora da escola. Durante o crescimento delas, pais e/ou responsáveis devem ser figuras presentes. Portanto, a indicação é que os adultos acompanhem a alimentação dos estudantes em casa e tentem mostrar às crianças que também se esforçam para manter uma alimentação saudável.
Por exemplo, de nada adianta falar para o seu filho que pizza todo dia faz mal a saúde mas você mesmo manter esse hábito alimentar.
Essa tarefa definitivamente não é fácil para os pais, mas existem iniciativas importantes em algumas escolas brasileiras que podem ajudar na rotina do lar. O Colégio Batista Mineiro, por exemplo, adotou o Projeto Sei Ser Saudável, que auxilia famílias a adotarem hábitos alimentares equilibrados.
Esse projeto tem o objetivo de provar aos pais que, mesmo com a correria da rotina, é possível elaborar pratos saudáveis e saborosos rapidamente. Mercedes Campolina, nutricionista da Rede Batista de Educação, fornece uma dica essencial para agilizar o processo: “é evitar o uso do fogo, pois, quanto menos aquecido, mais são conservadas as propriedades dos alimentos”. Rosilene Pereira, mãe participante do projeto, afirma que, por não envolver fogo, as crianças participam e ajudam.
Um ponto que devemos observar é que vivemos em um país como o Brasil, onde a desnutrição é alta e a falta de políticas públicas que objetivam o acompanhamento nutricional nas escolas é visível.
Logo, mesmo que as tentativas e ações de muitas escolas possam ser restritas e cheias de obstáculos, é comum que esses espaços sejam os únicos lugares onde as crianças têm acesso à educação alimentar. Contudo, esse processo pode ser facilitado se a família atuar em conjunto com a escola.
Que tal embarcar nessa com o seu filho e complementar em casa os aprendizados da escola, estimulando uma mudança positiva na vida dele? Para criar bons exemplos na rotina da sua família, tire suas dúvidas com a gente. Entre em contato com o Colégio Batista Mineiro!