O hábito de estudo tem uma evidente correlação com o desempenho e o sucesso escolar e a busca do êxito profissional. Mas sua importância vai além da melhora na performance escolar, pois ensina a organizar e gerir atividades cotidianas e a própria vida.
Ao ingressar na universidade, o estudante irá se deparar com uma realidade em que ele mesmo é o gestor do seu processo de aprendizagem. No mercado de trabalho, a responsabilidade aumenta ainda mais, onde a disciplina, persistência e abnegação são imprescindíveis para atingir os resultados esperados.
A motivação por si só não é um elemento sustentador desse processo. Na verdade, são necessárias medidas imediatas! A procrastinação, ou seja, “o deixar para depois” torna-se o nosso principal inimigo. O cérebro quer gastar menos energia. A ação e o comprometimento são peças fundamentais para continuar fazendo algo, até que se torne um hábito e o esforço requerido por aquela ação seja cada vez menor.
As promessas de resultados rápidos nunca levarão alguém onde se pretende chegar. O resultado do hábito de estudo é obtido a longo prazo, ou seja, melhore um pouco a cada dia até que seus hábitos se tornem mais consistentes. Exemplo: emagrecer, praticar atividade física ou aprender um idioma.
Podemos treinar nosso cérebro para novos e bons hábitos. E devemos fazer isso!
Nosso cérebro é condicionado por ações que se repetem. Porém, é importante que se estabeleça metas fáceis de alcançar.
Atualmente ainda lidamos com variados estímulos e distratores que podem comprometer o hábito de estudo, como uso e dependência de aparelhos eletrônicos, bem como de redes sociais, além de atividades extraclasse ou de entretenimento, pois geram um comportamento difuso na hora de estudar.
Por isso, algumas ações são extremamente necessárias para começar a caminhada:
A organização da informação é de suma importância para o momento de estudo, como a revisão da informação e sistematização da matéria, elaboração de esquemas com palavras-chave, buscar compreender e explicar com suas próprias palavras, escrever e não digitar! Pesquisas indicam que a escrita ativa o cérebro e a memória de longo prazo.
Por fim, o apoio e orientação da família nesse processo são essenciais, visto que na adolescência o córtex pré-frontal ainda não está totalmente formado, o que só irá acontecer no início da vida adulta.
É justamente nessa região do cérebro onde se processam comportamentos tipicamente de adultos, como capacidade de planejamento, concentração, inibição de impulsos e empatia.
Sendo assim, o diálogo constante com a família, o estabelecimento de metas e recompensas, o compartilhamento de projetos para o futuro e a organização de uma rotina familiar são elementos primordiais para garantir a segurança emocional e o alcance dos resultados esperados.
Luciana Magalhães de Oliveira Monteiro
Professora do Colégio Batista Mineiro